Aluno: A necessidade de mudança só se tornou consciente em mim há pouco tempo, quando algo acontece e eu percebo que poderia estar reagindo de uma forma diferente. Mas mesmo percebendo isso, ainda existe um primeiro impulso negativo que não é consciente. Como eu faço para desligar esses impulsos negativos?
Monge Genshô: Todos esses impulsos reforçam os sentimentos que surgiram, sejam eles bons ou ruins. Eu fico irritado, então manifesto a minha irritação e nesse momento ela se reforça. Uma vez eu estava sentado num banco de avião muitos anos atrás e nunca gostei de gente que bate na minha poltrona. Eu estava sentado e um homem começou a batucar na mesinha que era ligada à minha poltrona. Na época eu não era Monge Zen e sim praticante de karatê, então me levantei disse: “você sabe que está batendo na minha cadeira e que quando bate na minha cadeira bate em mim?”, o homem me pediu desculpas e bateu logo em seguida. Foi sem querer, eu entendi. Ele estava tão condicionado que não percebeu e logo depois parou. Agora recentemente eu me sentei novamente numa poltrona de avião e a pessoa de trás colocou os joelhos nas costas da minha cadeira e eu pensei “como posso tratar essa situação?”, então me lembrei que meu genro tem uma cadeira que faz massagem, fechei os olhos e pensei que na realidade eu tinha um massagista gratuito na poltrona de trás, me acomodei bem e deixei. Ele foi massageando e eu usufruí. Então qual a diferença? A diferença é todinha no mecanismo da sua cabeça que é capaz de transformar aquilo que era ruim em bom.
Monge Genshô: Todos esses impulsos reforçam os sentimentos que surgiram, sejam eles bons ou ruins. Eu fico irritado, então manifesto a minha irritação e nesse momento ela se reforça. Uma vez eu estava sentado num banco de avião muitos anos atrás e nunca gostei de gente que bate na minha poltrona. Eu estava sentado e um homem começou a batucar na mesinha que era ligada à minha poltrona. Na época eu não era Monge Zen e sim praticante de karatê, então me levantei disse: “você sabe que está batendo na minha cadeira e que quando bate na minha cadeira bate em mim?”, o homem me pediu desculpas e bateu logo em seguida. Foi sem querer, eu entendi. Ele estava tão condicionado que não percebeu e logo depois parou. Agora recentemente eu me sentei novamente numa poltrona de avião e a pessoa de trás colocou os joelhos nas costas da minha cadeira e eu pensei “como posso tratar essa situação?”, então me lembrei que meu genro tem uma cadeira que faz massagem, fechei os olhos e pensei que na realidade eu tinha um massagista gratuito na poltrona de trás, me acomodei bem e deixei. Ele foi massageando e eu usufruí. Então qual a diferença? A diferença é todinha no mecanismo da sua cabeça que é capaz de transformar aquilo que era ruim em bom.