segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dia 1 e 2 de julho chineses e tibetanos conversarão


Premier Samdhong Rimpoche do Governo Tibetano no Exílio

Enviados do Dalai Lama chegam à China - 30 de Junho de 2008

Enviados do Dalai Lama chegaram à China na segunda-feira para se encontrar com o governo e discutir a questão do Tibete, informou o governo tibetano no exílio, em meio às pressões para que a China se abra ao diálogo às vésperas da Olimpíada.

"A Sua Santidade, o Dalai Lama, instruiu seus enviados a fazer qualquer esforço para obter progressos tangíveis e aliviar a difícil situação dos tibetanos que vivem em sua terra", informou um comunicado do governo no exílio, sediado em Dharamsala, no norte da Índia.

A chegada dos enviados do Dalai Lama coincide com a visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, à China. Ela pressionou o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, a avançar nas questões do Tibete e dos direitos humanos, dizendo que os norte-americanos se preocupam muito com esses assuntos.

O encontro acontece cerca de um mês antes dos Jogos Olímpicos em Pequim e em meio à grande preocupação do governo chinês acerca de sua imagem entre a comunidade internacional.

É a segunda vez que enviados do Dalai Lama se encontram com autoridades do governo chinês desde as revoltas e protestos contra o comando chinês no Tibete neste ano, o que levou a protestos internacionais que pressionam a China a dialogar com o líder espiritual exilado.
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Nota de M. Genshô: "Como sempre, o governo do Brasil, apesar de ambicionar posições políticas na ONU, manteve sua política de não se manifestar senão em apoio à China, colocando a ética sempre abaixo dos interesses meramente comerciais."

domingo, 29 de junho de 2008

Fogo ameaça o mais antigo mosteiro zen do ocidente.


By Eric Bailey and Steve Chawkins, Los Angeles Times Staff Writers
June 28, 2008 (adaptado por Monge Genshô)

Na Floresta Nacional de Los Padres em torno de Tassajara, no mais antigo convento dedicado ao Zen Budismo, os incêndios já consumiram mais de 80000 hectares nas últimas três semanas. Steph Wenderski, 30 anos, nativa de Minnesota que viveu no convento dois anos, admite ocasionais períodos de medo. Mas esses períodos, disse ela, invariavelmente deram lugar à serenidade.

"Você não tem muito tempo para pensar sobre aquilo que pode vir", disse ela.

As autoridades locais pediram que aqueles que ficarem para trás neste centro espiritual - uma série de prédios rústicos de madeira e pedra, em uma remoto vale a 14 milhas da rodovia em uma estrada de terra batida - que forneçam os nomes de seus dentistas para efeitos de identificação.

Em Tassajara, uma tripulação de monges protetores apresentaram a mesma fortaleza dos que protegem suas casas protegendo seu mosteiro do brilho laranja do aproximar das chamas.

"Não temos a intenção de deixar o mais antigo mosteiro budista no Hemisfério Ocidental queimar", declarou Greg Fain, que parece apressado ao partir de S Francisco, onde ele atua como tesoureiro do San Francisco Zen Center.

"Neste lugar está o meu coração", disse Fain, estreitando os olhos por detrás de aro preto dos óculos, sua cabeça raspada coberta por uma boina amarela de beisebol. "Cada vez que venho ao cume, meu coração se eleva."

O complexo se espraia em 160-acres ao longo da borda de Tassajara Creek, em vales estreitos preenchidos com amieiros, carvalhos e pinheiros.

O San Francisco Zen Center comprou a propriedade em 1967.Metade do ano funciona estritamente como um mosteiro, com monges fazendo a sequência das práticas tradicionais Zen importados do Japão por Suzuki Roshi, dedicando pelo menos 10 horas por dia para a meditação e recitações.

Nos meses de Verão, Tassajara abre ao público - Praticantes do Zen ou simplesmente pessoas à procura de solidão. Com refeições estritamente vegetarianas, um banho quente, casas aconchegante e cabanas, preços de hotelaria .

Quando da notícia da proximidade do fogo, 75 convidados e alguns estudantes foram para o local em uma caravana de veículos automóveis. Esses protetores começaram a preparar-se para o pior.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Quem foram os Buddhas não históricos?


Abaixo você pode ver a lista dos Budas lendários, os antecessores de Buddha,como recitada no zen, o último é o próprio Buddha histórico, Shakyamuni, o título que segue é Dai - Grande e Oshoo - Mestre, (a adoção deste título como nome próprio é uma apropriação de fundo comercial).
Butsu é Buddha em japonês. A função de serem recitados estes nomes é para tornar claro que existem muitos Buddhas e poderão existir outros, sendo Shakyamuni o de nossa era. Assim iniciam as recitações de todas as linhagens no zen:

Bibashibutsu Daioshoo
Shikibutsu Daioshoo
Bishafubutsu Daioshoo
Kurusonbutsu Daioshoo
Kunagonmunibutsu Daioshoo
Kashoobutsu Daioshoo
Shakamunibutsu Daioshoo
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quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Zen ordena mulheres? Elas são iguais aos homens no budismo?


Monja Zen: Bhikshuni Nandabala

Bem, vamos comentar alguns fatos sobre a ordenação feminina:

1) Nos tempos de Buda, foram admitidas as mulheres na ordem e ordenadas monjas, sendo pacífico não haver distinção entre mulheres e homens na capacidade de alcançar a iluminação. Embora seja fácil achar passagens sexistas em textos, a tese budista da igualdade dos seres não encoraja esta posição.
ex:
"A primeira monja foi Prajāpati. Khemā era a monja com mais sabedoria. Entre as monjas com mais poderes sobrenaturais, Uppalavannā era a maior. Nas regras de disciplina, Patacāra era a maior. Dhammadinnā era a maior na exposição dos ensinamentos. Em poderes meditativos, Nandā Sāvikā era a maior. Sonā era a maior no esforço. Em clarividência, Sakulā era a maior. Bhaddā Kundalakesā foi a mais rápida a atingir a realização. Bhaddā Kapilāni era a maior na lembraça de vidas passadas. Nos grandes poderes sobrenaturais, Bhaddā Kaccāna era a maior. Entre as que atingiram o poder superior, Kisāgotamī era a maior. Sigālamāta era a maior em devoção." (Dharmanet)

2) Criou-se uma linhagem de ordenação feminina, sendo sua primeira matriarca a tia de Buda, sua mãe adotiva. Esta linhagem foi prosseguindo até o sec 13 quando a invasão muçulmana que praticamente extinguiu o budismo na Índia deixou a sucessão feminina interrompida. Não sobreviveram mulheres que pudessem prosseguir a linhagem. Muitas linhagens masculinas também se extinguiram com o tempo, mas sobreviveram suficientes para o prosseguimento do budismo de ordenação em linha contínua até Buda.

3) Dois comportamentos então sucederam: escolas que daí em diante só ordenaram homens nas linhagens masculinas, tais como as do sul da Ásia, ficando as mulheres sem esta possibilidade, e escolas que passaram a ordenar mulheres em linhagens e com mestres homens tal como sucede com o zen até hoje.

4) O motivo da predominância masculina no budismo deve ser encontrável nas mesmas origens do que sucede nas atividades humanas normais,.(composição musical, pintura, matemática, filosofia etc...) sendo que no momento presente, no ocidente já encontramos mais mulheres ensinando o zen e famosas como mestras do que homens.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Por quê dar prioridade à linhagem?


Mahakashyapa - o Primeiro Patriarca

Porque sem a transmissão e a linhagem tudo está perdido, por esta razão o extremo cuidado dentro do zen na transmissão, na entrega do manto a um monge visto merecedor de ser um sucessor daquela linhagem. Veja sobre quebra da linhagem feminina e nos problemas de ordenação decorrentes no Theravada, até hoje não solucionados, e esta é a tradição que mais valoriza os sutras como caminho, se fossem os textos tudo que precisamos esta questão seria desconsiderada.
O Kalama Sutra tem seu texto muitas vezes usado erradamente toma-lo como uma declaração de que cada um vai construir um budismo particular empírico é levar a intenção do sutra longe demais e desconecta-lo do restante dos sutras.

Tomando um texto (Bikkhu Bodhi) da própria tradição Theravada:(íntegra em http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/ensaio9.htm )

"Nesta edição do boletim periódico estamos combinando a coluna principal com a coluna 'Estudos de Suttas' para revermos um discurso do Buda que freqüentemente é mencionado, o Kalama Sutta. O discurso tem sido descrito como o 'alvará do Buda para o livre inquérito', e embora o discurso, com certeza, contraponha os ditames do dogmatismo e da fé cega com um vigoroso chamado para a livre investigação, é questionável se ele pode dar suporte a todas as idéias que lhe têm sido atribuídas. Com base em um único trecho, mencionado fora do seu contexto, o Buda é convertido num empirista pragmático que descarta toda doutrina e fé e cujo Dhamma é uma simples ferramenta para atingir a verdade dos livres pensadores, convidando cada um a aceitar e rejeitar qualquer coisa que queira."

Outro ponto importante no zen é a chamada transmissão "I shin dem shin" de uma mente/coração a outra, sem palavras, sobre ela publiquei um texto do rev. Wagner no site www.chalegre.com.br/zendo em "Textos" . Considerando mais ainda deveríamos atentar para a atitude dos discípulos em escolher Mahakashyapa como primeiro patriarca e o imenso cuidado de preservação da recitação das linhagens no zen, simplesmente nos mosteiros ela é recitada todos os dias, os monges normalmente a sabem de cor, são 90 nomes atualmente, em média.
Mais ainda, a tradição indica que somente um portador da realização pode reconhecer outro, esta é uma maneira de distinguir charlatões que frequentemente surgem se autonomeando novos mestres e dos quais a internet está cheia, mestres iluminados, Maitreyas, alguns delirantes a enganar incautos. Porém isto é secundário, o que importa é que perdida a transmissão e o mestrado precisaríamos de um novo Buda para reiniciar as linhagens e a transmissão, se tudo for deixado apenas a interpretação de textos não teremos mais a substância do budismo, mas um debate filosófico em que forças centrífugas estilhaçariam a tradição em miríades de opiniões e interpretações pessoais.
Para finalizar estes 2600 anos foram construídos sobre esta tradição de transmissão, pouco importam os nomes das tradições, o que importa para distinguir, se provem de Buda ou não, é a existência de transmissão, de linha de ordenação.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Impermanência


Saikawa Roshi trabalha na cozinha do Templo Busshinji. (Foto Seigen)

“É precisamente por serem impermanentes todas as formações que nasceu essa menina. É por serem impermanentes todas as formações que ela pode crescer. É por ser tudo impermanente que existe o encontro com a pessoa amada. É por ser tudo impermanente que brigamos e que temos um bom relacionamento. É por ser tudo impermanente que as flores e a vegetação florescem na primavera. É belo quando uma flor desabrocha e também é belo quando ela murcha. E mais do que qualquer outra coisa não é a mente que sente a impermanência a própria impermanência? Não é assim que você estava até agora? ...................... Ao esquecer o tópico anterior e sem prestar nenhuma atenção nisso pensa e deixa de pensar sem saber de onde surgem esses pensamentos. Assim sendo, comparado com isso não está aquela menina cheia de vida? Não é ela perfeitamente livre?”

“É assim na verdade. Por acaso não surge e desaparece sem conhecer repouso?”

“Assim sendo, não é a impermanência de todas as formações um sinônimo de estar vivo? Não será por acaso um sinônimo da liberdade? Quem pode dizer que não é um sinônimo da luz e da alegria? Quem sabe se não se trata de um sinônimo de estar perfeitamente liberado desde o início?”

Trecho de texto de Saikawa Roshi, tradução do Rev. Joaquim Monteiro do original japonês.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O zen budismo aprova a violência?

Este vídeo é uma resposta a um vídeo de ataque ao zen budismo postado no youtube por um pastor fundamentalista, o qual tem sido muito difundido, o vídeo do pastor pode ser visto aqui:

http://br.youtube.com/watch?v=AlMymtCsx9c&feature=related

A produção caseira foi realizada por Michel Cunha.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Batizado buddhista



Oribinalmente o budismo não tinha uma cerimônia tal como um batizado, mas devido aos pedidos dos ocidentais foi criada uma cerimônia de aposicão de um nome, nestas fotos uma menina, que recebeu o nome do Dharma de Alegria Compassiva, parece ter ficado muito feliz com o acontecimento...

terça-feira, 17 de junho de 2008

O buddhismo diz que a vida é sofrimento?


Sobre a palavra "sofrimento", ela, nos textos originais dos sutras budistas mais antigos, surge como " dukka", ora, esta palavra em Páli tem o significado mais corretamente traduzido pelo termo " insatisfatoriedade", visto que nem tudo na vida é sofrimento, mas qualquer felicidade é (assim como qualquer sofrimento) temporária, e assim insatisfatória, sempre cessará.
O termo "dukka" remete a raiz da palavra "eixo" e pretende significar o eixo descentrado de uma carroça, que a faz oscilar em ciclos, da mesma forma que a vida é cíclica sem que nada possa ser permanente e estável.
O fato desta tradução errônea ter gerado muita confusão, e mesmo a afirmação de que o budismo nega as felicidades inerentes ao viver, é mais uma das inumeras imprecisões que cercam o conhecimento acerca do Dharma.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Trilha Zen


Convite para visualizar o álbum de fotografias: Trilha Zen (7)

Trilha Zen (7) Trilha do Morro da Aranhas no Costão do Santinho, norte da Ilha de Sta. catarina.

Mensagem de TrilhaZen:

Gostaria de compartilhar com todos as fotos da trilha zen (7) - Trilha do Morro da Aranhas no Costão do Santinho, norte da Ilha de Sta. catarina.

Agradecemos a participação de todos.

Gasshô!
Organização Trilha Zen.
Copie e cole o link abaixo em seu navegador:
http://picasaweb.google.com/trilhazen/TrilhaZen7

domingo, 15 de junho de 2008

Uma vela pelo Tibete


Uma vela pelo Tibete é agora um sítio multilingue.
É este o endereço para o sítio português: http://www.candle4tibet.org/pt/
Gostaria de aproveitar para agradecer ao Rui Vieira pelo excelente trabalho em traduzi-lo.
Juntos faremos algo maravilhoso e especial.
Vamos criar um momento único, quando tantos milhões que de outro modo fariam muito pouco ou nada pelo Tibete ou qualquer outra causa, mas fariam algo espiritual. E fá-lo-iam.juntos
Os orgãos de informação, não duvido, em breve notarão a iniciativa, o que trará mais participantes, e mais cobertura da imprensa, e elevará a conciência da Causa Tibetana. É um círculo virtuoso.
Temos voluntários que farão acontecimentos de 'Uma vela pelo Tibete' em público , e tradutores traduzindo este site para 20 línguas. E o melhor ainda é que somos já meio milhão mesmo antes de começarmos.

Se ainda não se juntou a nós, por favor faça-o.
http://www.candle4tibet.org/pt
e se gostaria de organizar uma sessão de velas pública, por favor diga-nos info@candle4tibet.org

Por favor, passe este email para todas as pessoas que possa contactar
Junte-se à maior manifestação de sempre – pelo Tibete
quinta-feira 7 de Agosto, na noite antes do início dos Jogos Olímpicos.
Participe em 'Uma vela na minha janela - pelo Tibete'

http://www.candle4tibet.org/pt/

Acenda uma vela pelo Tibete na sua casa , no seu trabalho ou num lugar público.
Você não estará sozinho. Milhões de pessoas em todo o mundo estarão nesta mesma oração pela liberdade e esperança.
E as nossas velas serão vistas por milhões na televisão em todo o mundo no dia da abertura das olimpíadas. O Tibet não será esquecido.

Junte-se a http://www.candle4tibet.org/ pt hoje e convide todos os seus amigos.

Nós vamos conseguir. O mundo estará observando.

David (e-mail que deve ser distribuído a todas as pessoas possíveis)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Comentário de Sharon Stone sobre 'carma' irrita China


Sharon Stone cometeu um erro, a saber, confundiu carma com causalidade, muito do que sucede no mundo decorre apenas da condição de sermos humanos, de estarmos aqui ou ali, numa cadeia inextrincável de conexões. Não é possível achar ligação para cada acontecimento com carma individual ou coletivo. Por sermos seres humanos estamos sujeitos a múltiplos acontecimentos naturais que não são castigo ou prêmio, mas meras decorrências de estarmos aqui. Carma em si mesmo, pessoal, é o que decorre de ação intencional e marca nossa mente levando a repetições de palavras e ações com suas consequências.

Já publicado no blog:

Carma e causalidade são a mesma coisa?

Não exatamente, a lei da causalidade aplica-se a tudo que sucede, é expressa na segunda Nobre Verdade, tudo tem causa. Carma é um conceito que se aplica a uma ação que tem intenção, um EU por trás dela.
O carma do qual está livre o homem iluminado é o da geração de um carma próprio, que se aplica a ele mesmo, e seria sem sentido dizer que suas ações não geram frutos cármicos no mundo, seria como se ele atirasse uma pedra na água e esta não gerasse mais ondas, o que é absurdo.
Em vários textos zen está expresso que o motivo é que não tendo um eu não há como haver uma geração de um carma próprio. Algo a que este possa aderir. Mas isto não significa que as ações de um iluminado não geram causalidade, consequências.
Vê-se curiosamente que o hábito de usar a palavra carma para todos os sentidos, tais como fruto (vipaka) ação (carma) e mesmo causalidade, vem já de muito tempo e causa confusões.
No Dharma,

Rev. Genshô


Subject: [ZenSul] Comentário de Sharon Stone sobre 'carma' irrita China



PEQUIM (Reuters) - A firma varejista de luxo Christian Dior tirou anúncios com Sharon Stone de lojas por toda a China, depois de a atriz sugerir que o terremoto em Sichuan foi fruto de 'carma negativo' provocado pela política de Pequim no Tibete. Pelo menos 68 mil pessoas morreram no terremoto que sacudiu o sudoeste da China em 12 de maio. O abalo aconteceu meses após distúrbios no Tibete que desencadearam manifestações de ultraje internacionais contra a maneira como Pequim trata a região de predominância budista, invadida por tropas comunistas chinesas em 1950.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Dharma desaparecerá e será um dia restaurado?


O Dharma desaparecerá e será um dia restaurado? É uma espécie de profecia?

R: É um conceito cíclico muito citado em numerosos escritos budistas, como se o Dharma entrasse em decadência, ninguém mais obtivesse a iluminação fácil dos promeiros tempos, fosse ficando só o ensinamento e por fim até este fosse esquecido, os períodos são citados com grandes variações, de centenas até a milhar de anos. No Zen dizemos que isto é apenas didático e a iluminação está acessível a quem praticar corretamente aqui e agora, esta condição não muda. Mas nada impede que novos Budas venham a surgir se as condições para isto existirem.

Seria bom desconsiderarmos estas coisas e nos voltarmos para uma prática dedicada de meditação e preceitos.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mas o que é a Baika?




Utilizando o canto, acompanhado de dois instrumentos relativamente simples, a Baika não é um coral, tampouco se preocupa com afinação e qualidade de voz, pois isso vem com o tempo. O que interessa nessa prática, como em todas as práticas budistas, é a sinceridade do esforço.

Baika significa "ameixa", fazendo referência à flor da ameixeira que floresce no mais frio do inverno. Também é chamada de Goeika, originada das "Canções dos Peregrinos", devido aos caminhos de peregrinação, no Japão, que passam por vários mosteiros e templos
budistas. Muitos praticantes ainda fazem esse percurso a pé e, segundo a tradição de aproximadamente 1100 anos, a cada templo que se chega, há instrumentos à disposição para que seja entoado o hino daquele templo, antes de seguir a caminhada para o próximo.

A prática de Música Zen Budista permite a qualquer praticante entrar no mundo da expressão musical através da plena atenção e harmonização com o grupo. A abordagem do "treino" difere bastante daquilo que conhecemos como "ensaio" de música ocidental, seja
no contexto secular, seja no contexto religioso ocidental. É prática Zen. As músicas entoadas na Baika baseiam-se no canto de poemas budistas, homenagens a grandes mestres, ensinamentos Zen e outros, acompanhadas do som de um sininho e uma pequena chapinha de metal que é tocada com um martelinho.

No grupo formado na Sanga Águas da Compaixão, inicialmente, cantaremos as músicas em japonês, enquanto estamos aprendendo o espírito da prática. Esperamos que, com o tempo, possamos desenvolver a nossa própria prática de Baika brasileira, com as nossas próprias músicas e/ou poemas em português. No Japão essa prática é tão popular que há encontros regionais e nacionais. Esse último chega a lotar um estádio de futebol.

Futuramente, receberemos visitas de professores especiais de Baika, enviados ao Brasil pela sede japonesa da nossa tradição, para ministrar aulas nos vários grupos existentes no país - uma vez que esta prática está bastante difundida na colônia japonesa.

"Apresentações de goeika (ou Baika) são comuns nas celebrações de "Obon"; cerimônias marcando o nascimento, iluminação e parinirvana de Buda (Tanjo-e, Jodo-e e Nehan-e) e cerimônias em honra dos fundadores de templos.
Freqüentemente os poemas falam dos sofrimentos e prazeres da vida comum. Ao praticar o goeika, deve-se manter o coração
o mais livre possível das distrações, dos pensamentos e apegos." - Texto traduzido por Monja Isshin, do Rinnou Net - Official Site for
the joint council for Japanese Rinzai and Obaku Zen / What Is Zen? /
Music - http://zen.rinnou.net/whats_zen/music.html

Para conhecer mais e ouvir gravações de canções de Baika visite os seguintes sites:
http://zen.rinnou.net/whats_zen/data/en-yurai.mp3
http://global.sotozen-net.or.jp/por/baikaryu.html

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Grupo de Baika da Sanga Águas da Compaixão

É uma rara oportunidade de conhecer a música religiosa japonesa...

DIVULGAÇÃO

Mestre de Baika – música Zen Budista – orienta prática em Porto Alegre

A Monja Isshin Havens, orientadora espiritual da Comunidade Soto Zen Budista Águas da Compaixão, e da Sanga Aikikai da Associação RS Aikikai de Aikido, tem a felicidade de anunciar a visita do mestre japonês
Tetsuyû Yasuda Sensei, abade do Templo Shôinji em Chiba, no Japão, para ministrar aulas de Baika – música Zen Budista – aos praticantes do grupo, em Porto Alegre. O Mestre chegará à Capital no dia 13 de junho, sexta, e ficará até o dia 14 de junho, sábado, para realizar palestras e orientar a prática de Baika.

Tetsuyû Yasuda Sensei realizará demonstração pública e explanará sobre a Baika no dia 13 de junho, sexta, a partir das 19h30, no Espaço Dojinmon – Rua Portugal, 733 – Bairro Higienópolis. Para assistir à demonstração e palestra, abertas a todos os interessados, solicita-se a contribuição mínima de R$ 20,00 para o público externo.

A prática especial com Tetsuyû Yasuda Sensei deve ocorrer no dia 14, sábado, das 9h às 12h, também no Espaço Dojinmon, no mesmo endereço. As aulas estão abertas a todos, mesmo sem conhecimento prévio da prática. Sugerimos a doação de R$ 20,00 como contribuição mínima para a participação nas aulas.

Com atividades regulares orientadas pela Monja Isshin Havens, que recebeu treinamento formal na prática de Baika durante o período monástico no Japão, o Grupo de Baika da Sanga Águas da Compaixão encontra-se todo terceiro domingo do mês, das 14:30 às 16:30 hs, para realizar este tipo de prática Zen Budista e está aberto a todos, sem distinção ao credo religioso. É previsto a visita de um professor-mestre vindo do japão para ministrar aulas especiais todo ano.

Este é talvez o único grupo de Baika formado por integrantes não-japonesas no Brasil.

Para mais informações sobre o evento e sobre a prática regular de
Baika, pode-se contatar a Monja Isshin pelo fone: 51 9331-7476, ou por
correio eletrônico, através do endereço: isshinemail-contato@yahoo.com.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Via Zen - Palestra


Monge Gensho visita o Via Zen - Zona Sul - Porto Alegre

O quê: Palestra do Darma com Monge Genshô da Shanga de Florianópolis (associação Zen Budista de Florianópolis)

Quando: nesta 6ª feira, 06/06, 19h30, após o Zazen das 19hs.

Onde: Rua Simão Bolivar, 443 - Vila Conceição. Veja em nosso site como chegar ao local: http://www.viazen.org.br/si/site/0502

Em Gasshô,

Diretoria Via Zen.

Hanoi 2008 - Vesak


Veja aqui fotos do Vietnam budista e da conferência budista de Hanoi feitas pelo Prof Ricardo Sasaki:

http://nalanda.multiply.com/photos/album/35/Vietnam_2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

CARTA ABERTA DO COLEGIADO BUDDHISTA BRASILEIRO AO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO BRASIL

Rio de Janeiro, 12 de Maio de 2008. Ao Exmo. Sr. Embaixador Celso Amorim Ministro das Relações Exteriores.
[Com Cópia Protocolar ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República]
CARTA ABERTA DO COLEGIADO BUDDHISTA BRASILEIRO AO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO BRASIL
Exmo. Sr. Embaixador Celso Amorim,
O Colegiado Buddhista Brasileiro, instituição sem fins lucrativos e representativa das múltiplas manifestações do budismo no Brasil, vem, por meio desta, resumir o resultado do Debate Público sobre a Questão Tibetana, realizado a seu pedido e por intermédio da Vereadora Aspásia Camargo (Partido Verde), no Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no último dia 12 de maio de 2008. Nesta ocasião ficou clara e unânime a posição da comunidade budista brasileira a respeito da questão tibetana e transparente o constrangimento desta em relação à posição tímida e conivente do Itamaraty para com a incontestável violação dos Direitos Humanos ocorrida naquela nação, infringida pela ditadura chinesa.
Os membros do Colegiado Buddhista Brasileiro, infra-assinados, expressam nesta Carta Aberta sua decepção para com o atual Governo Brasileiro que, sendo formado por muitos indivíduos que sofreram as infrações de uma ditadura e que foram eleitos sob as bases de sua luta em prol de uma sociedade pluralista e tolerante, e por seu compromisso para com a democracia e o respeito aos direitos humanos, hoje se subordina a interesses comerciais internacionais e fecha os olhos para o triste genocídio étnico e cultural há mais de 50 anos imposto ao Tibet.
Cabe-nos ressaltar que se o Itamaraty, em nota oficial, expressa seu respeito à suposta integridade do território chinês sem manifestar-se diante dos atos ditatoriais daquele país sobre o povo tibetano, faz recair sobre todo o povo brasileiro uma co-responsabilidade para com o sofrimento deste povo, responsabilidade essa que a comunidade budista brasileira não reconhece e quer publicamente renegar. Ao afirmar seu apoio à pretensão chinesa em anexar, de forma arbitrária e violenta, o território tibetano, o governo brasileiro revela seu despreparo em agir como legislador dos conflitos mundiais (como expresso em sua determinação para fazer parte do Conselho de Segurança da ONU), demonstra seu total desconhecimento da extrema riqueza étnica, religiosa e cultural daquela região, torna implícita sua aceitação às políticas de exceção, e põe em dúvida sua relevância no cenário internacional.
O Colegiado Buddhista Brasileiro, em nome da comunidade budista, manifesta claramente aqui seu repúdio à posição omissa do governo brasileiro, que neste ponto não a representa perante a comunidade mundial. Lamentamos observar que a atitude de nosso atual Governo destrói sua legitimidade na luta histórica de um posicionamento contra as ditaduras.
Em comunhão com o senso de oportunidade de milhões de manifestantes em todo o mundo, aproveitamos a ocasião das Olimpíadas de Pequim para colocar o foco sobre a China: suas grandezas e seus desafios ao integrar a comunidade internacional. Em primeiro lugar, cabe-nos relembrar alguns fatos históricos ampla e internacionalmente reconhecidos e exaustivamente documentados por inúmeras fontes idôneas e independentes, para que não prevaleça a versão doutrinária da propaganda chinesa, mais uma vez difundida pela embaixada chinesa no Brasil, nas palavras do Cônsul Geral da China, Sr. Li Baojun, que compareceu ao “Debate Público sobre a Questão Tibetana” à convite do Colegiado Buddhista Brasileiro e realizou uma vergonhosa manifestação da idéia fascista de que uma mentira, muitas vezes repetida, pode tornar-se uma verdade. Estamos certos de que o Itamaraty
tem conhecimento dos fatos e não se deixa ludibriar pela versão da propaganda de uma ditadura que cerceia as liberdades fundamentais, nomeadamente o direito à informação e ao livre pensamento – é uma versão baseada em informações dúbias e que distorcem fatos históricos, que buscam desmerecer os dados sobre as perdas étnicas, religiosas e ecológicas sofridas segundo os relatórios publicamente divulgados pelo Escritório Oficial da Administração Central Tibetana em Dharamsala, Índia.
Que fique claro que o Colegiado Buddhista Brasileiro tem enorme respeito pelo povo chinês, por suas inúmeras contribuições à história mundial, pela posição que representa no mundo moderno, por sua sabedoria milenar. O que se repudia veementemente aqui é a política de um governo não-eleito, que mantém na ignorância o seu próprio povo, a quem também consideramos vítima – assim como consideramos vítima deste regime o Sr. Cônsul Geral da China, Li Baojun que, não sendo um homem livre, mas submetido a um regime opressor, não tem opção senão se mancomunar com as ordens de seu Governo.
Definitivamente, não estaria de acordo com a ética budista e humanista que pregamos imaginar que a injustiça e a insensibilidade são dos chineses, pois também eles compartilham sofrimentos e frustrações (neste momento, também o povo chinês está vivendo a dor das perdas de vidas devido ao terremoto ocorrido no dia 12 de Maio, com a qual nos solidarizamos); tal erro não pode ser imputado a toda uma nação ou àqueles que compõem um grupo social, uma instituição religiosa ou política, ou simplesmente um gênero sexual ou cor de pele. Um equívoco terrível ocorre quando imaginamos que todo um povo, toda uma classe, todo um grupo humano, é responsável pelas insanidades de seus governantes ou controladores. De fato, a problemática está na incapacidade daqueles que são presas da motivação fanática, da visão egoísta e diferenciadora no mundo, em superar sua pobreza de percepção. Alinhado com a posição de Sua Santidade o Dalai Lama, o Colegiado Buddhista Brasileiro não vem aqui manifestar exigências à independência do Tibet, mas exigir ao seu próprio governo, o governo brasileiro, que, em suas relações internacionais, defenda a preservação dos Direitos Humanos, cujos instrumentos jurídicos é signatário. Que faça valer esta sua assinatura, que tenha coragem e manifeste pública e internacionalmente seu repúdio às versões inverídicas propagadas pelo governo chinês a respeito da sua ocupação alegadamente pacífica do Tibet, às perseguições políticas e religiosas, torturas, exílios, seqüestros, execuções e destruições do patrimônio cultural e ambiental do Tibet, parte integrante da nossa história mundial.
Queremos ainda, neste documento, ressaltar que a ética budista que defendemos busca os meios hábeis para superar em nós mesmos esta ignorância destruidora, esta convicção espúria baseada em erros crassos de interpretação e entendimento, e que muitas vezes vemos com mais facilidade apenas nos outros; devemos praticar todos os dias a coragem de não desistir da paz, do cuidado no diálogo, e da meta maior e definitiva, capaz de curar e transformar a humanidade: o amadurecimento de nossa consciência, de nossa sabedoria, de nosso dom de resistir à falta de compaixão correta.
Porém, a atitude compassiva e coerente com a qual os budistas são comumente identificados não é uma atitude ingênua e condescendente. Quem é capaz de agir com correta compreensão do outro, o faz por força de seu discernimento e não sob a premissa de passiva aceitação. Reafirmamos, portanto, o nosso compromisso em agir com cuidado e empenho a favor da prática de compreensão e diálogo no mundo. Estamos convictos de que mesmo através de torturas, terror e assassínios, apesar do empenho implacável em difundir delusórias interpretações dos fatos, os homens e mulheres alienados em profundo egoísmo, os poderes controladores e intolerantes, os governos insalubres, as facções terroristas e os movimentos fanáticos jamais prevalecem. Ao final, seus nomes serão apagados na memória da Vida, seus atos cruéis e injustificados serão expostos ao tempo e à história com terrível clareza, e as entranhas insalubres de suas convicções jogadas à margem da grandeza humana. Paralelamente a este documento, informamos o Ministério das Relações Exteriores do Brasil que o Colegiado Buddhista Brasileiro apóia publicamente as seguintes propostas de ações positivas apresentadas no Debate Público sobre a Questão do Tibet, assim como todas as ações que tenham por objetivo preservar o Tibet, sua inestimável riqueza cultural e ambiental, e os direitos de seus habitantes:
- Criação de um Centro de Preservação da Cultura Tibetana no Rio de Janeiro, proposta pelo Deputado Federal Fernando Gabeira;
- Indicação do nome de Sua Santidade o Dalai Lama como Cidadão Honorário da cidade do Rio de Janeiro, à exemplo da cidade de Paris, França, proposta pela Vereadora Aspásia Camargo;
- Nominação de espaços públicos brasileiros, a começar pela cidade do Rio de Janeiro, em homenagem ao Tibet;
- Proposição de que o Itamaraty postule perante os fóruns internacionais, notadamente o Tribunal Internacional de Justiça, em Haya, Holanda, a reavaliação da questão tibetana nos seus âmbitos político, social e cultural, e o julgamento das infrações cometidas contra os Direitos Humanos no Tibet.
Concluindo, o Colegiado Buddhista Brasileiro, considerando não haver nem de longe um grave precedente dessa natureza, a de um Líder Religioso e parte significativa de seus compatriotas terem passado mais de 50 anos em exílio, entende que é chegado o momento de Sua Santidade o XIV Dalai Lama e o seu povo retornarem livres à sua própria terra, levando consigo a paz e o bem, assim como, efetivamente, a solidariedade da comunidade internacional, valores tão caros à Humanidade e inafastáveis, ainda por mais tempo, in casu. Por fim, mas não menos importante, que se considere a viabilidade de tornar o Tibet Patrimônio Histórico da Humanidade, com o devido amparo da UNESCO e da festejada Organização das Nações Unidas.
Assina o Sr. Presidente do Colegiado Buddhista Brasileiro,
Prof. Shaku Hondaku (Maurício Ghigonetto)
Assinam os membros da Diretoria Fundadora do Colegiado Buddhista Brasileiro,
Rev. Shaku Haku-Shin (Wagner Bronzeri)
Monge Meihô Genshô (Petrúcio Chalegre)
Dhammacariya Dhanapala (Ricardo Sasaki)
Prof. Tam Huyen Van (Claudio Miklos)
Assinam os membros-colaboradores do Colegiado Buddhista Brasileiro,
Monja Isshin
Monge Shaku Shoshin
Dra. Cerys Tramontini
Prof. Flávio Marcondes Velloso
Sarve Bhavantu Mangalam - Que Todos os Seres Sejam Felizes

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Mais Kannon



Uma outra imagem de Kannon, o interessante nesta iconografia é a semelhança com imagens da Virgem cristã, inclusive, neste caso,o dragão sob seus pés, no caso da Virgem a serpente tem um significado bem diverso do dragão no budismo.
Mas em ambas as imagens o arquétipo da compassividade é impressionantemente semelhante apesar do desenvolvimento histórico separado.

domingo, 1 de junho de 2008

Budismo Boomeritis

Alguns propõem um budismo sem instituições, sem hierarquias, sem mesmo iluminação, ao tentar criar algo diferente de Buddha ainda o querem chamar de buddhismo. Ken Wilber comenta com severidade esta idéia chamando-a de Buddhismo Boomeritis:
Genshô


"O resultado é um Buddhismo que reivindica ser igualitário,pluralista, não-marginalizante, anti-estágio, e especialmente anti-hierarquia. E, ai, todos os movimentos da "perversa idéia-replicadora verde" entram em jogo: ele reivindica ser igualitário, mas na verdade condena todas as visões que discordam disto (mas como isto é possível, se todas as visões são verdadeira ente iguais?) rejeita o modelo
professor-estudante, desde que sejamos todos amigos espirituais ligados ao mesmo caminho (mas por que as pessoas estão pagando tanto dinheiro a estes professores, se somos todos iguais?) rejeita a hierarquia em qualquer natureza (mas por que classifica sua visão como melhor do que todas as alternativas?) reivindica que o pluralismo é a verdadeira voz do Mistério Divino (mas por que rejeita todas as numerosas outras vozes que discordam dele?) E às vezes chega ao ponto de negar completamente a importância da Iluminação, porque todas as experiências espirituais devem ser vistas igualmente sem qualquer julgament o ou classificação hierárquica, e afirmam que existir algo chamado 'iluminação' insinuaria que aqueles não iluminados
de alguma maneira são inferiores, e isso não é uma coisa agradável para dizer, e portanto não diremos isto. A verdadeira raison d'etre do Buddhismo--isto é, livrar do sofrimento através da Grande Liberação da mente desperta, que permite a salvação compassiva de todos os seres sensíveis--é jogada fora pela janela porque é politicamente incorreta."

Ken Wilber
Traducão de Cláudio Miklos