segunda-feira, 12 de julho de 2010
A vacuidade de todos os fenômenos
Em uma festividade de encerramento, monges tentam entender as manipulações de um praticante budista mágico amador interno no mosteiro de Yokoji.
A vacuidade de todos os fenômenos: tudo é interdependente, interconectado e sem um eu próprio, sem uma existência inerente independente do restante, inclusive nós mesmos, apenas existimos neste oceano de manifestações, nós somos o oceano da miríade de existências.
"As pessoas que estudam genuinamente o caminho não agarram buddhas, bodhisattvas ou arhats; não agarram os atingimentos de excelência especial dentro do mundo tríplice. São transcendentes, livres e estão por si mesmos — não são constrangidos pelas coisas. Até mesmo se a terra e o céu forem virados de cabeça para baixo, elas não estão em dúvida. Se todos os buddhas das dez direções aparecerem diante delas, elas não sentem alegria. Se [todos os tormentos] dos fantasmas famintos, dos animais e dos seres nos inferno aparecerem diante delas, elas não sentem medo. Por que são assim? Eles vêem a vacuidade de todos os fenômenos, que existe através da transformação e não existe sem ela. Vêem que o mundo tríplice é apenas mente e que a miríade de coisas são apenas consciência. Portanto, por que se preocupar em agarrar [as coisas, que são apenas] ilusões e aparições, semelhantes a sonhos?"
The Recorded Saying of Linji. Traduzido por J.C. Cleary. Berkeley: Numata
Center for Buddhist Translation and Research, 1999. Lin-chi
Extraído da página: http://www.dharmanet.com.br/zen/nomes.htm