Para mim pessoalmente, acho que é só uma questão acadêmica. Em português não faz a menor diferença.
Quando as línguas ocidentais (alfabéticas) encontraram as orientais (ideográficas e silábicas), tiveram que criar sistemas de transliteração. Vários sistemas foram criados e o mais aceito internacionalmente no caso da língua japonesa é o sistema Hepburn. No Brasil, já fizemos algumas tentativas de melhor adaptação, mas ainda fica confuso. Por exemplo, em português a palavra Zen poderia muito bem ser escrita com "m" no final, mas convenhamos que ficaria estranho escrever Zem ou Xim (Shin) ou Candizai-Bossatsu, embora eu já tenha visto muitas vezes a palavra Xaquiamuni. Acho que não precisamos chegar a tanto.
Mas vamos lá....
Uma das regras gramaticais japonesas diz que certas palavras compostas (aglutinadas, na verdade), quando formadas por vocábulos como Setsu+Shin, o "tsu" é escrito em tamanho menor e há uma espécie de pequena parada, onde o som da próxima sílaba aparece dobrado. Seria mais ou menos como escrever SE(tsu)SHIN e a pronúncia fica Sesshin (outra alternativa seria usar apóstrofe Se'shin). O mesmo acontece com Gatsu+shô = Gasshô.
Parece complicado ao se explicar, mas no dia-a-dia japonês, isso é o comum. Seria talvez como em português, quando dizemos "copo de água" = "copo d'água".
No Hannya Shingyô isso acontece com freqüência, em palavras como Ha-ra-mi(tsu)-ta = Haramitta, ou i(tsu) sai = issai e assim por diante. Mas são apenas purismos da fonética.
Em português não faz diferença, mas a pronúncia para o idioma japonês faz. Por exemplo apalavra "kite" (forma imperativa do verbo kiku, que significa ouvir) e a palavra "kitte" (sêlo), na expressão japonesa não podem ser confundidas, pois numa expressão como:
"kite kusasai" = Ouça, por favor. (ficaria assim) "kitte kudasai" (com uma paradinha entre o ki e o te) = (Um) sêlo, por favor.
Esses detalhes fonéticos criam situações quase de Koan:
"O monge Haku-shin entra numa agência do correio e pede: Sêlo, por favor. E o balconista responde:
Estou ouvindo..." (hehehe)
Não sei se deu para explicar, mas estou à disposição para qualquer outro esclarecimento que esteja ao meu alcance.
gasshô,
Rev. Wagner - Sh. Haku-Shin ..... ou será que vai ficar "racu-xin" ;)
(Resposta gentilmente dada pelo meu especial amigo, o erudito Rev. Wagner, do Budismo Shin)
Quando as línguas ocidentais (alfabéticas) encontraram as orientais (ideográficas e silábicas), tiveram que criar sistemas de transliteração. Vários sistemas foram criados e o mais aceito internacionalmente no caso da língua japonesa é o sistema Hepburn. No Brasil, já fizemos algumas tentativas de melhor adaptação, mas ainda fica confuso. Por exemplo, em português a palavra Zen poderia muito bem ser escrita com "m" no final, mas convenhamos que ficaria estranho escrever Zem ou Xim (Shin) ou Candizai-Bossatsu, embora eu já tenha visto muitas vezes a palavra Xaquiamuni. Acho que não precisamos chegar a tanto.
Mas vamos lá....
Uma das regras gramaticais japonesas diz que certas palavras compostas (aglutinadas, na verdade), quando formadas por vocábulos como Setsu+Shin, o "tsu" é escrito em tamanho menor e há uma espécie de pequena parada, onde o som da próxima sílaba aparece dobrado. Seria mais ou menos como escrever SE(tsu)SHIN e a pronúncia fica Sesshin (outra alternativa seria usar apóstrofe Se'shin). O mesmo acontece com Gatsu+shô = Gasshô.
Parece complicado ao se explicar, mas no dia-a-dia japonês, isso é o comum. Seria talvez como em português, quando dizemos "copo de água" = "copo d'água".
No Hannya Shingyô isso acontece com freqüência, em palavras como Ha-ra-mi(tsu)-ta = Haramitta, ou i(tsu) sai = issai e assim por diante. Mas são apenas purismos da fonética.
Em português não faz diferença, mas a pronúncia para o idioma japonês faz. Por exemplo apalavra "kite" (forma imperativa do verbo kiku, que significa ouvir) e a palavra "kitte" (sêlo), na expressão japonesa não podem ser confundidas, pois numa expressão como:
"kite kusasai" = Ouça, por favor. (ficaria assim) "kitte kudasai" (com uma paradinha entre o ki e o te) = (Um) sêlo, por favor.
Esses detalhes fonéticos criam situações quase de Koan:
"O monge Haku-shin entra numa agência do correio e pede: Sêlo, por favor. E o balconista responde:
Estou ouvindo..." (hehehe)
Não sei se deu para explicar, mas estou à disposição para qualquer outro esclarecimento que esteja ao meu alcance.
gasshô,
Rev. Wagner - Sh. Haku-Shin ..... ou será que vai ficar "racu-xin" ;)
(Resposta gentilmente dada pelo meu especial amigo, o erudito Rev. Wagner, do Budismo Shin)