Londres, 24 out (EFE).- A Anistia Internacional exigiu hoje a "imediata libertação" da vencedora do prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e outros "presos de consciência" em Mianmar.
"No dia em que as Nações Unidas comemoram seu 62º aniversário, Aung San Suu Kyi, líder da Liga Nacional da Democracia, completa 12 anos de prisão domiciliar em Mianmar", denuncia a organização de defesa dos direitos humanos em comunicado.
A Anistia Internacional exige "a imediata libertação de milhares de pessoas detidas recentemente por participar de protestos pacíficos, assim como presos de consciência que estão detidos há muitos anos, entre eles Aung San Suu Kyi, U Win Tin e membros de grupos étnicos minoritários, como U Khun Htun Oo".
Vencedora do prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi é "um símbolo da resistência política em Mianmar, e sua libertação incondicional seria um grande passo à frente", afirma hoje Irene Khan, secretária-geral da Anistia Internacional, citada no comunicado.
"A comunidade internacional deve manter suas pressões e sua vigilância para que as autoridades birmanesas dêem passos concretos, com resultados tangíveis, como a libertação de todos os presos de consciência. Sua libertação é imprescindível para determinar se as autoridades birmanesas são sérias quando dizem querer cooperar com a ONU", acrescenta o texto.
Segundo a AI, as atuais práticas de detenções secretas e as informações sobre maus-tratos e torturas, além das sentenças em juízos fechados, parciais e atrás das grades, provam que as autoridades de Mianmar não pretendem colaborar com as Nações Unidas.
"As melhoras na situação dos direitos humanos em Mianmar não podem esperar o fim do processo político. As autoridades devem libertar imediatamente todos os presos de consciência, permitir a visita de observadores independentes aos centros de detenção e deixar de condenar manifestantes", afirma Irene Khan.
Manifestações de apoio à vencedora do prêmio Nobel da Paz e outros presos políticos estão marcadas para hoje em Brasília e outras cidades de todo o mundo, como Londres, Berlim, Paris, Washington, Nova York, Sydney e Cidade do Cabo.
(Fonte: UOL)