(Continuação) A
memória do nosso cérebro tem um registro momentâneo e é esse registro sucessivo de momentos que nos
dá a consciência de um eu separado. É porque eu me lembro que eu penso que “eu
sou”. Mas esse “eu” só está acontecendo como um fenômeno no universo e é um
fenômeno temporário. O budismo pede que nós olhemos um pouco mais longe. Em
geral as pessoas desejam que o “eu” permaneça para sempre e por isso inventamos
almas eternas, espíritos e quaisquer coisas desse tipo. Mas se nós virmos que o
“eu” é uma construção, nós verificaremos que ele é evanescente. Nós não temos
para onde ir porque jamais viemos, sempre estivemos aqui. (Continua)