sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O budismo pede que nós olhemos um pouco mais longe



(Continuação) A memória do nosso cérebro tem um registro momentâneo e é esse registro sucessivo de momentos que nos dá a consciência de um eu separado. É porque eu me lembro que eu penso que “eu sou”. Mas esse “eu” só está acontecendo como um fenômeno no universo e é um fenômeno temporário. O budismo pede que nós olhemos um pouco mais longe. Em geral as pessoas desejam que o “eu” permaneça para sempre e por isso inventamos almas eternas, espíritos e quaisquer coisas desse tipo. Mas se nós virmos que o “eu” é uma construção, nós verificaremos que ele é evanescente. Nós não temos para onde ir porque jamais viemos, sempre estivemos aqui. (Continua)