Os Sutras do Tripitaka se constituem em
“3 cestos”. A tradução é essa, a palavra vem do sânscrito e tem a mesma raiz da
nossa língua, por isso são tão parecidas. Então “tri” quer dizer “três”, e “tripitaka”
quer dizer “3 cestos”, referindo-se a três cestos de escrituras.
O primeiro conjunto dessas escrituras
são os discursos de Buda. Então são os discursos curtos, longos, de duração
média, com argumentações onde nós vemos Buda agir como um professor, como um
argumentador, quase um filósofo, enfrentando perguntas e argumentos contrários
e os respondendo com brilhantismo. Esse é o primeiro conjunto do Tripitaka. Em
alguns momentos Buda é bem severo. Há momentos em que ele diz: “Óh, homem
tolo, como você vem com uma afirmação dessas?”.
No segundo cesto nós temos o Vinaya,
que é um conjunto de regras para os monges. Essas regras do Vinaya claramente
foram construídas ao longo do tempo à medida que foram acontecendo incidentes. Essas regras vão indo desde as mais
básicas como não roubar, até regras que foram construídas provavelmente em cima
de pequenos incidentes. Por exemplo: os monges não podem atravessar uma aldeia
falando em altas vozes.
Através do tempo, essas regras foram
mudadas, até porque, no final de sua vida, Buda disse: “vocês podem alterar as
regras de acordo com as conveniências e necessidades, desde que não mexam no
espírito central que as anima”.
(CONTINUA)
[Trecho de palestra proferida por Meihô Genshô Sensei]