quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Samatha e Vipassana unidos


(Continuação)
Ven. Dhammadipa:   Mas como praticar então? O primeiro passo seria diferenciar e separar o nome da experiência em si e entender que não há existência própria nas coisas. Dessa forma, veremos essas diferenciações como uma ilusão. Isso é uma introdução aos ensinamentos do Yogacara. Não vou me estender muito, pois esse é um assunto vasto, o melhor é ter uma experiência Zen, pois o assunto do Abhidharma é muito vasto e complexo. Passei muito tempo estudando o Abhidharma, é muito fascinante e profundo, mas não é necessário que alguém o estude de forma tão profunda, mas essas idéias são importantes para a devida compreensão do Zen. O Budismo é Samatha e Vipassana e quando praticamos Yoga com um sentido de Budismo, tudo que fazemos deve estar relacionado com Samatha e Vipassana. Isso também é a base da prática Zen.

Nos primórdios do Budismo existia uma tendência a separar Samatha de Vipassana, mas o Mahayana enfatiza a prática de Samatha e Vipassana juntas. Nos tempos antigos do Budismo, tanto o Mahayana como Hinayana se focavam nos estágios profundos de concentração para depois usá-los para praticar Vipassana. O Mahayana enfatizou a experiência direta nas coisas tais como são.

Comentário: Existe uma palavra no português para isso que é “Talidade”: as coisas tais como são.

(Continua)