sexta-feira, 25 de março de 2016

Estamos num baile à fantasia




Aluno: Parece que há um esforço para aniquilar o “eu”, é isso?
Monge Genshô - Nós não pretendemos aniquilar nosso eu, não é isso; nós precisamos do eu para andar neste mundo. A comparação que eu costumo fazer é com a máscara. Eu estou usando a máscara de monge, a máscara de monge quer dizer raspar a cabeça, usar roupas de monge, ter vida de monge, aí você coloca máscara de monge. Este eu é necessário, eu preciso dele para viver, estar aqui, agir, e cada um de vocês precisa de um eu para trabalhar, para relacionar-se, para amar e tudo mais. O que nós precisamos entender é que se trata de um baile à fantasia, aí você coloca uma máscara e vai lá para aquele baile. Semana que vem eu vou para Maringá, eu tenho um trabalho de consultoria numa empresa lá. Eu chego lá e coloco a máscara de consultor, eu não sou mais monge Genshô, nem Sensei, eu sou Senhor Chalegre. Aqui a gente ensina para não ter opiniões, lá eu vendo opiniões, é outra máscara, mas eu tenho que saber que é outra fantasia, não é real, é uma fantasia que eu visto.(continua)