sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Penso, por isso penso que existo



Nós sentamos em Zazen e fazemos esse sacrifício de Seshin para quê? Para sermos capazes de ouvir a voz de Buddha. Mas para sermos capazes de ouvir a voz precisamos silenciar a nós mesmos. Enquanto não silenciamos nossas opiniões, nossos achismos, nossas ideologias, toda essa enorme tralha que carregamos dentro de nós, enquanto não paramos isso não podemos ouvir a voz. 
Porque estes pensamentos todos dentro da nossa mente constituem, fabricam, a nossa noção de um eu separado. Porque eu penso, penso que existo. Não é como Descartes, “penso logo existo”, não. No zen é: “Penso, por isso penso que existo”. (continua)