Nós
sabemos o que eleva e o que rebaixa. Você como praticante espiritual vai lá e
olha a beleza, mas você não pode se envolver com a paixão em si. Você vai lá e
olha uma ópera linda, a música... é lindo o enredo de paixão, de paixão enlouquecedora.
Mas você tem que olhar do lado de fora, não como quem entra e se deixa
arrastar, essa é a diferença.
As
paixões são muito incríveis, nós temos várias fotos e filmes e coisas assim no
século XX de pessoas entusiasmadas com guerra. Quando em 1914 a primeira guerra
mundial foi declarada, o povo foi pra rua festejar, quando você vê as fotos dos
soldados indo para a batalha em trens eles estão sorrindo, estão achando
glorioso ir para a batalha. Nas guerras das Malvinas 1982/1983 o povo argentino
foi para a rua festejar. Nós vamos para a guerra, vamos tomar as ilhas, e eles
foram festejar. Glória, vamos vencer!
E
isto mostra bem como os seres humanos se deixam levar pelas paixões da maneira
mais cega, da maneira mais absurda, não enxergam a quantidade de sofrimento e
tudo o mais que vai acontecer. (Continua)