Aluna: No caso do extermínio dos judeus, isso é um carma
coletivo?
Monge Genshô: Interessante a pergunta, porque meu filho me fez essa
pergunta hoje mesmo. Quando você nasce em uma determinada condição, você tem
carma para nascer lá. Então, existe um carma que leva você a nascer no Brasil,
ou um carma que leva você a nascer numa favela, ou um carma que leva você a
nascer judeu; você já tem carma para nascer naquela condição, porque nós vamos
para onde somos atraídos. Nosso carma se manifesta onde ele tem sintonia: ele
procura aquilo.
Vocês estão aqui sentados assistindo a uma palestra do Dharma. Por quê? Porque têm carma para estar aqui. Tem gente que vem sempre, sem faltar. Essas
pessoas estão fazendo marcas cármicas cada vez mais profundas, e essas marcas
continuam não só nessa vida, mas depois. Então, quando você encontra aquele
lugar, parece que você voltou para casa, que sempre quis estar ali, que sempre
quis aquele tipo de ambiente, sempre quis ter aquele tipo de pessoas junto. Não
queria estar em outro lugar.
Há pessoas que querem estar em um baile funk, outras pessoas querem estar se embebedando, usando drogas e coisas assim; você vai para onde você se sente atraído. O oposto também demonstra a marca cármica: você pode sentir horror de uma coisa que você não quer, que não tem nada a ver consigo, e daí você vai para outro lugar. E assim são também nossos nascimentos.
Há pessoas que querem estar em um baile funk, outras pessoas querem estar se embebedando, usando drogas e coisas assim; você vai para onde você se sente atraído. O oposto também demonstra a marca cármica: você pode sentir horror de uma coisa que você não quer, que não tem nada a ver consigo, e daí você vai para outro lugar. E assim são também nossos nascimentos.
Então, não é bem que exista um carma coletivo, mas sim que nós
vamos para onde nosso carma nos atrai.
[N.E.: texto transcrito de Palestra realizada por Monge Meihô Genshô em Florianópolis, 26/09/2016]