quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
A UNICIDADE DE TODAS AS COISAS
Nós ouvimos frequentemente as pessoas dizerem que devemos ser “um com todos os seres”, no entanto, todo o tempo que andamos no mundo vemos coisas diferentes, pessoas diferentes, nossos sentimentos são diferentes e mudam, nossas experiências são diferentes, então nos perguntamos onde está essa tal “unicidade de todas as coisas”.
Na verdade a diversidade é a unicidade, ela apenas é a múltipla manifestação das coisas. Nós, os outros e todas as coisas apenas nos manifestamos de formas diferentes. Em toda unidade há diversidade e toda diversidade é a própria unidade, nós é que queremos separar uma coisa da outra, mas nossa vida diária é toda diversa. Quando pedimos as pessoas para que sejam um com todos os seres não implica que deixemos de ver a diversidade e não significa também que nossa vida não tenha diferentes aspectos como alegria e tristeza, pois ela tem.
Saikawa Roshi em uma de suas palestras falou sobre uma moeda que tem em seus lados nossa vida diária - 100% dualidade de um lado e do outro o absoluto, completa unidade, nada de bom ou ruim, certo ou errado. Tudo está na mesma moeda, mas quando você olha um dos lados não consegue enxergar o outro. Como podemos estar conscientes de que uma ou outra coisa é a mesma coisa, é a mesma moeda? Pois quando você anda, a vida diária é 100% dualidade. Você tem que ser capaz de virar a moeda a cada instante, quando você conseguir isso, será capaz de integrar os dois lados e saberá que um lado é fantasia e o outro é como as coisas realmente são. Isso pode parecer confuso porque as coisas são diversas e ao mesmo tempo unas. Ao mesmo tempo em que vida e morte existem, não existem, são apenas um pequeno aspecto das manifestações, do ponto de vista absoluto não existe vida e morte, tudo sempre esteve, está e de alguma forma sempre estará aqui. Universos surgem e desaparecem e tudo sempre está aqui.