A questão sobre esse
tema bem importante do inominado, do inconcebível, da vacuidade, é que quando
nós enxergamos nossa verdadeira natureza, ou seja, que nós somos manifestações
desta grande base, aquilo que nós estávamos procurando como sentido desaparece,
porque esta questão de “eu estou procurando um sentido para minha vida” também
é uma pergunta falsa, porque é uma pergunta baseada na noção de um eu pessoal.
Não tem sentido procurar um sentido para a minha vida, mas tem muito sentido
que eu transforme a minha manifestação cármica em uma vida com sentido,
realizando e fazendo coisas que dão valor a essa vida. Mas, essencialmente, não
tem como nós, manifestações cármicas, irmos embora desse universo, isto nos
remete a questões como por exemplo: “suicídio é uma saída?”. Não, suicídio não
é saída para coisa nenhuma; você é uma onda cármica, se suicida, o que vai
acontecer? Essa onda cármica continua, se manifesta de novo com todos os
problemas presentes e mais um. Todos os sofrimentos que você causou com o seu
suicídio e ainda com uma tendência para repetir esse procedimento, uma vontade
de fazer de novo. Você vê isso como uma saída e pode fazer isso um milhão de
vezes sem jamais resolver o problema. Ou seja, só teria sentido tentar resolver
o problema mesmo.
[Trecho de Palestra proferida por Meihô Genshô Sensei]
[Trecho de Palestra proferida por Meihô Genshô Sensei]